Correção monetária

Índices mensais atuais
TR
0,17 %
IPCA
0,56 %
Poupança
0,67 %



Correção Monetária em Financiamentos Imobiliários

Entenda os impactos da inflação e escolha o melhor índice de correção para seu contrato


O que é inflação?

A inflação é o aumento generalizado e contínuo dos preços de bens e serviços em uma economia. Quando a inflação está alta, o poder de compra do dinheiro diminui. Isso significa que, com o tempo, o valor de R$ 100,00 hoje pode não comprar a mesma quantidade de produtos ou serviços no futuro.

No contexto de financiamentos imobiliários, a inflação afeta diretamente o valor real das parcelas e do saldo devedor. Para mitigar esse efeito, são aplicados índices de correção monetária que atualizam os valores com base em variações econômicas.

inflação
Com a inflação em alta, a correção monetária se torna ferramenta indispensável para manter o valor real do dinheiro.

Principais índices de correção monetária

No Brasil, os principais índices utilizados para a correção de financiamentos imobiliários são:

TR (Taxa Referencial)

A TR é amplamente utilizada nos financiamentos imobiliários no Brasil. Atualmente, sua taxa tem se mantido próxima de zero, o que a torna atrativa para quem busca maior previsibilidade nas parcelas. Nos financiamentos atrelados à TR, o saldo devedor é corrigido por esse índice, acrescido da taxa de juros contratada. Embora as taxas de juros nesses contratos costumem ser mais elevadas em comparação com os financiamentos indexados ao IPCA ou à Poupança, o fato de a TR permanecer próxima de zero resulta em uma correção total do saldo devedor menor ao longo do tempo, compensando parcialmente a taxa de juros mais alta.

  • Prós: Baixa volatilidade e previsibilidade das parcelas.
  • Contras: Existe o risco de aumento da TR no futuro, o que pode elevar o valor das parcelas. Apesar disso, a TR historicamente tem se mantido estável e próxima de zero.
  • Melhor usar quando: O objetivo for previsibilidade nos pagamentos ao longo do financiamento imobiliário.
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)

O IPCA é o índice oficial da inflação no Brasil, calculado pelo IBGE. Em financiamentos imobiliários, é possível contratar um produto em que o saldo devedor é corrigido pelo IPCA acrescido de uma taxa de juros contratual. Apesar de eventualmente oferecer taxas de juros menores em comparação a outros índices, essa modalidade é mais imprevisível e arriscada, pois as parcelas acompanham diretamente as variações da inflação.

  • Prós: Pode ser vantajoso quando a inflação está controlada e baixa.
  • Contras: As parcelas podem aumentar significativamente em períodos de inflação alta, tornando o financiamento mais caro e imprevisível.
  • Melhor usar quando: A inflação estiver baixa e estável. Porém, dado o histórico de oscilações inflacionárias no Brasil, esse tipo de financiamento tende a apresentar maior risco.
Poupança

Alguns contratos de financiamento imobiliário usam o rendimento da poupança como indexador. De acordo com a regra de rentabilidade, a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) sempre que a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano.

  • Prós: Em geral, apresenta baixa volatilidade e maior previsibilidade das parcelas, especialmente em cenários de Selic alta.
  • Contras: Alterações nas regras da poupança podem impactar o valor das parcelas no futuro.
  • Melhor usar quando: O tomador busca maior previsibilidade e simplicidade, especialmente em períodos de Selic alta.

É essencial entender qual índice (ou ausência dele) está presente no seu contrato para avaliar o impacto da inflação nas parcelas ao longo do tempo.

índices de correção monetária
TR, IPCA e Poupança corrigem valores para compensar a inflação.

Como escolher o melhor índice de correção?

A escolha do índice ideal depende do perfil do tomador e do cenário econômico atual:

  • Perfil conservador: Pode optar por TR, buscando segurança e estabilidade.
  • Perfil que acompanha o mercado: Pode considerar IPCA para manter o valor real do contrato.
  • Cenário de Selic alta: A poupança pode se tornar mais atrativa, mas deve ser avaliada com cautela.

É importante simular diferentes cenários e considerar o impacto no valor final a ser pago. Uma assessoria financeira também pode ser útil para orientar a melhor escolha.

Impacto da correção monetária nas parcelas

Contratos com correção monetária variável, como os atrelados ao IPCA, podem ter grande oscilação nas parcelas. Isso pode dificultar o planejamento financeiro de longo prazo. Já os contratos corrigidos pela TR ou Poupança tendem a manter prestações mais estáveis.

Com o aumento da inflação nos últimos anos, muitos contratos indexados ao IPCA tiveram reajustes consideráveis, gerando inadimplência e renegociação de dívidas.

Conclusão

A correção monetária é um fator essencial a ser considerado em qualquer contrato de financiamento ou empréstimo. Ela determina como o valor do dinheiro será preservado ao longo do tempo e impacta diretamente o custo total da operação.

Ao escolher o índice de correção, é fundamental entender o seu funcionamento, os riscos envolvidos e as perspectivas econômicas. A decisão consciente pode gerar economia e evitar surpresas desagradáveis ao longo do contrato.

Se possível, utilize simuladores de financiamento com diferentes indexadores para avaliar o melhor cenário para sua realidade financeira.